terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Trechos e passagens do Evangelho sobre o Purgatório

Jesus não menciona a palavra Purgatório no Evangelho, mas usa a palavra “prisão” em várias passagens. A Igreja chama de Purgatório ao lugar de expiação, de purificação. Nesta passagem, Jesus fala do tribunal onde seremos julgados depois da morte por Deus, nosso Juiz. Cada dívida e centavo se referem a cada pecado que precisamos pagar.

Mateus 5, 22-26 lemos: “Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão terá de responder no tribunal. Aquele que chamar a seu irmão de patife estará sujeito ao julgamento do Sinédrio. Aquele que lhe chamar de ‘louco’ terá de responder na geena de fogo. (…) Procura reconciliar-te com o teu adversário enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás enquanto não pagares até o último centavo.” 

Em Lucas 12, 45-48: “Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém mais se há de exigir.” 

Em Lucas 12, 58-59, Jesus disse: “Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo.”

Na Parábola do Servo mau, em Mateus 18, 27-35, Jesus disse no final: "Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e lhe perdoou a dívida. Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Ele o agarrou na garganta e quase o estrangulou dizendo: 'Paga o que me deves!' O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: 'Dá-me um prazo e eu te pagarei!' Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. Então o senhor o chamou e lhe disse: 'Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. Não devias também tu ter compaixão de teu companheiro, como eu tive piedade de ti?' E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. Assim vos tratará meu Pai Celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração."

Outras passagens do Antigo e Novo Testamento: Em Macabeus 12, 43-46 lemos: “E, tendo feito uma coleta, (Judas Macabeu) mandou doze mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidos em sacrifício pelos pecados dos mortos [...]. É pois um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados.” 

Em I Coríntios 3, 10-15 São Paulo nos diz: “Quanto ao fundamento, ninguém, pode pôr outro diferente daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia o demonstrará. Será descoberto pelo fogo. O fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo.” 

Uma reflexão simples sobre a existência do Purgatório é que Jesus não mente. Se Ele falou dessa "prisão" várias vezes, é porque realmente existe e devemos acreditar.

Três graus para aproximar-se de Jesus

Jesus nos ensina três graus para nos aproximarmos Dele nessa mensagem dada à irmã Josefa Menendez em Poitiers, França, em 27/12/1920: 

“O primeiro grau é um grande abandono de tudo quanto possa te pedir, direta ou indiretamente, confiança na bondade do meu Coração, que está sempre cuidando de você. Assim, você reparará os pecados que cometem as almas que duvidam de meu amor. 

O segundo é uma grande humildade, reconhecendo seu nada. Assim, reparará a soberba de muitas almas. 

O terceiro é uma grande mortificação em suas palavras e seus atos. Quero que também se mortifique corporalmente, quando a obediencia permitir e receba com verdadeiro desejo os sofrimentos que te faço sentir. Assim, reparará a falta de mortificação de tantas almas e me consolará de alguma maneira, das ofensas que recebo com tantos pecados de sensualidade e ganância.”