terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Trechos e passagens do Evangelho sobre o Purgatório

Jesus não menciona a palavra Purgatório no Evangelho, mas usa a palavra “prisão” em várias passagens. A Igreja chama de Purgatório ao lugar de expiação, de purificação. Nesta passagem, Jesus fala do tribunal onde seremos julgados depois da morte por Deus, nosso Juiz. Cada dívida e centavo se referem a cada pecado que precisamos pagar.

Mateus 5, 22-26 lemos: “Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão terá de responder no tribunal. Aquele que chamar a seu irmão de patife estará sujeito ao julgamento do Sinédrio. Aquele que lhe chamar de ‘louco’ terá de responder na geena de fogo. (…) Procura reconciliar-te com o teu adversário enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás enquanto não pagares até o último centavo.” 

Em Lucas 12, 45-48: “Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém mais se há de exigir.” 

Em Lucas 12, 58-59, Jesus disse: “Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo.”

Na Parábola do Servo mau, em Mateus 18, 27-35, Jesus disse no final: "Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e lhe perdoou a dívida. Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Ele o agarrou na garganta e quase o estrangulou dizendo: 'Paga o que me deves!' O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: 'Dá-me um prazo e eu te pagarei!' Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. Então o senhor o chamou e lhe disse: 'Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. Não devias também tu ter compaixão de teu companheiro, como eu tive piedade de ti?' E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. Assim vos tratará meu Pai Celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração."

Outras passagens do Antigo e Novo Testamento: Em Macabeus 12, 43-46 lemos: “E, tendo feito uma coleta, (Judas Macabeu) mandou doze mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidos em sacrifício pelos pecados dos mortos [...]. É pois um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados.” 

Em I Coríntios 3, 10-15 São Paulo nos diz: “Quanto ao fundamento, ninguém, pode pôr outro diferente daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia o demonstrará. Será descoberto pelo fogo. O fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo.” 

Uma reflexão simples sobre a existência do Purgatório é que Jesus não mente. Se Ele falou dessa "prisão" várias vezes, é porque realmente existe e devemos acreditar.

Três graus para aproximar-se de Jesus

Jesus nos ensina três graus para nos aproximarmos Dele nessa mensagem dada à irmã Josefa Menendez em Poitiers, França, em 27/12/1920: 

“O primeiro grau é um grande abandono de tudo quanto possa te pedir, direta ou indiretamente, confiança na bondade do meu Coração, que está sempre cuidando de você. Assim, você reparará os pecados que cometem as almas que duvidam de meu amor. 

O segundo é uma grande humildade, reconhecendo seu nada. Assim, reparará a soberba de muitas almas. 

O terceiro é uma grande mortificação em suas palavras e seus atos. Quero que também se mortifique corporalmente, quando a obediencia permitir e receba com verdadeiro desejo os sofrimentos que te faço sentir. Assim, reparará a falta de mortificação de tantas almas e me consolará de alguma maneira, das ofensas que recebo com tantos pecados de sensualidade e ganância.”

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

São João Paulo II e rezar pelas almas do Purgatório

"É importante e necessário rezar pelos defuntos, pois, mesmo se mortos na graça e na amizade de Deus, talvez eles precisem ainda de uma última purificação para entrar na alegria do Céu. O sufrágio por eles expressa-se de vários modos, entre os quais também a visita aos cemitérios. Estar nesses lugares sagrados constitui uma ocasião propícia para reflectir sobre o sentido da vida eterna e para alimentar, ao mesmo tempo, a esperança na felicidade eterna do Paraíso. Maria, Porta do céu, nos ajude a não nos esquecermos nem perdermos de vista a Pátria celeste, meta última da nossa peregrinação aqui na Terra." 

(São João Paulo II - Angelus de 2 de Novembro de 2003)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Pedidos de Nossa Senhora

Nossa Senhora fez alguns pedidos comoventes para nós através da Beata Alexandrina em Balasar, Portugal, nas aparições reconhecidas pela Igreja em 1945. Quem de nós negará fazer o que Nossa Senhora pediu? 

“Minha filha, o Coração do meu Divino Filho sofre e sofre o meu Coração também. Tire do Dele os espinhos e tire do meu Coração as setas. Passe para os que ama as minhas carícias, diz-lhes que também são para elas, que Eu lhas mando. Pede-lhes, em meu nome, para fazerem o mesmo que a ti peço. Quero que Jesus seja amado. Quero ser amada também. Quero que o Coração Divino de Jesus seja reparado e não quero que nele fique nem um só espinho. Peço reparação para o meu Santíssimo Coração e para Dele serem tiradas todas as setas e espadas que tem. Pede aos que amas para nos amarem e por nós sofrerem dizendo e repetindo sempre: ‘Que o meu amor e o meu sofrimento tirem dos Corações de Jesus e Maria todo o ferimento que têm.’ O amor e sofrimento de Jesus por Maria o aceitem pela salvação das almas, pela conversão dos grandes pecadores. Diz, minha filha, que quero que o meu desejo seja propagado.”

domingo, 24 de agosto de 2014

Salmo para rezar durante a doença

Salmo para rezar durante a doença:

Salmo 38:

“1 Salmo de Davi. Para servir de lembrança. 
2 Senhor, em vossa cólera não me repreendais. Em vosso furor não me castigueis, 
3 porque as vossas flechas me atingiram e desceu sobre mim a vossa mão. 
4 Vossa cólera nada poupou em minha carne. Por causa de meu pecado nada há de intacto nos meus ossos. 
5 Porque minhas culpas se elevaram acima de minha cabeça, como pesado fardo me oprimem em demasia. 
6 São fétidas e purulentas as chagas que a minha loucura me causou. 
7 Estou abatido, extremamente recurvado. Todo o dia ando cheio de tristeza. 
8 Inteiramente inflamados os meus rins. Não há parte sã em minha carne. 
9 Ao extremo enfraquecido e alquebrado, agitado o coração, lanço gritos lancinantes. 
10 Senhor, diante de vós estão todos os meus desejos e meu gemido não vos é oculto. 
11 Palpita-me o coração. Abandonam-me as forças e me falta a própria luz dos olhos. 
12 Amigos e companheiros fogem de minha chaga e meus parentes permanecem longe. 
16 Porque é em vós, Senhor, que eu espero. Vós me atendereis, Senhor, ó meu Deus. 
18 pois estou prestes a cair, e minha dor é permanente. 
19 Sim, minha culpa eu a confesso. Meu pecado me atormenta. 
22 Não me abandoneis, Senhor. Ó meu Deus, não fiqueis longe de mim. 
23 Depressa, vinde em meu auxílio, Senhor, minha salvação!”

Palavras de Jesus sobre as famílias

Jesus disse à Beata Alexandrina de Balasar, Portugal, em 1947: 

“Ó minha filha, minha filha, em que agonia está o meu Divino Coração... Sofro, sofro, sofro! Olha, repara bem como o meu Divino Coração derrama Sangue. Feriram-me as lançadas e punhaladas de pecados gravíssimos. Ferem-me a vaidade e desonestidades nas praias, nos cinemas e bailes. Peca-se horrivelmente nos casinos e casas de vício. Peca-se na família. Peca-se em todos os estados. Ai, quanto sofre o meu Divino Coração... Atendei, atendei à voz terníssima do Senhor. Atendei, atendei ao brado amorosíssimo do seu Coração. Vinde a Mim todos os que errastes. Vinde a Mim todos os que estais frios. Quero perdoar-vos, quero aquecer-vos. Vinde a Mim. Vinde a Mim todos os que estais doentes. Quero curar-vos, quero sarar-vos as vossas almas.”

sábado, 12 de julho de 2014

Um lindo caso de amor

Jesus disse à Beata Alexandrina de Balasar em 1947: “Se pudesse ver, minha filha, como eu trabalho em tua alma! Se pudesse ser vista a arte deste Artista Divino! Trabalho, porque Me deixas trabalhar. Embelezei-te, porque te deixaste adornar por Mim. Minha filha, Minha esposa querida, aqui tens o Meu Divino Coração cheio de amor. É teu, dou-te porque te amo. Dou-te porque Me amas. Distribui pelas almas, dá-o, dá-o. Fica ele para você sempre com o mesmo amor. Dou-te cheio de amor para me guardar dentro do teu. Não deixes o mundo feri-lo. É um caso de amor.” 

A Beata Alexandrina disse: “Jesus entregou-me um centro com um centro de flores, e por entre elas sobressaíam altas labaredas de fogo. O meu divino Jesus fez-me compreender e ver a Sua divina luz que era aquele o seu Coração, que aquele fogo era o Seu amor. Eu lhe disse: ‘Meu Jesus, pela minha tão grande miséria, não sou digna de ser depositária do mais alto e mais rico tesouro. Se o desses a uma alma que Vos amasse e pudesse guardá-lo para não ser ferido pelos pecadores! Pobre de mim, pobre de mim, não sei amar-Vos, e sou eu própria a ofender-Vos.’”

Jesus disse: “Amas-me, Minha louquinha, e a prova de que me amas foi a visão que te dei. Quando viste a imagem do meu Divino Coração, dentro de um pequenino trono, sendo Eu tão grande, era o trono do teu coração. As flores que me adornavam, eram as flores das tuas virtudes. A luz que tudo iluminava, era a luz do teu amor. Confia que me amas. Confia que Eu te amo.”

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Quatro tipos de orgulho

Santo Antônio de Pádua ensinava: 

 “De Deus provém todo o bem que nós possuímos. O bem é sempre simples. A coroa de todo o bem é a humildade. Note-se que há quatro espécies de orgulho: 
1) Quando alguém possui um bem e julga ter ele vindo de si mesmo. 
2) Se um bem é dado por Deus, considera-o dado em razão dos seus méritos.
3) A pessoa jacta-se de possuir o que não possui. 
4) A pessoa despreza os outros e procura pôr em evidência o que possui.”

Reflexão para festa do Sagrado Coração de Jesus

Para a festa do Sagrado Coração de Jesus 2014, você pode oferecer alguma cruz, doença ou sofrimento a Jesus com o seguinte com o texto da Beata Alexandrina de Balasar. Jesus lhe disse em 23 de Novembro de 1947: 

“Dá-me sua dor. Aceite sua cruz. Segue-me alegremente. Minha filha querida, dá às almas o meu divino amor e infunde-o em todas aquelas que me querem amar. Pede-lhes para que me amem. Quero amor, quero amor para esquecer tanta ofensa ao meu Divino Coração. Quero amor, quero amor para com ele aplacar a justiça do meu Pai. Minha filha, olha o mundo, olha as almas que se perdem. Dei-te o meu amor. Dei-te todo o fogo do meu Divino Coração. Incendeie-o nos corações. Foi para isso que te fiz dele depositária. É por ti que Eu lho dou. É por ti que sou amado. E, como prova disso e de que tu me amas, Eu te apareço muitas vezes na realidade, mostrando-te o meu Divino Coração.” 

A Beata Alexandrina respondeu: “Meu Jesus, sou vossa vítima. Aceitai o incenso do meu sofrimento. Que ele suba ao Céu constantemente, dia e noite, sem parar, para ser a reparação da bondade de Deus ultrajado. Fito os olhos em Jesus Crucificado. Compadeço-me dos seus sofrimentos. Sofro amarguradamente com Jesus. Fito novamente a imagem do seu Divino Coração e peço-Lhe: deixai-me entrar, Jesus, no vosso Divino Coração, para me esconder e incendiar. E fazei que eu vá como um sopro, como uma aragem suave, levar a todos os corações a vossa graça e o fogo do vosso amor.”

Para a festa do Imaculado Coração de Maria 2014, reze esta oração feita por Santa Bernadette Soubirous, a menina que viu Nossa Senhora em Lourdes: 

“Minha boa Mãe, me dê um coração todo ardente de amor por Ti e por Jesus. Eu me dou inteiramente a Ti, para que a Senhora me dê ao seu querido Filho que eu quero amar de todo o meu coração. Minha Mãe, que meu coração se perda dentro do teu Coração e não tenha nenhum movimento nem vontade do que a vontade de meu Divino Mestre. Guarde Jesus em meu coração. Minha Mãe, me apresente a Jesus. Tome meu coração e o coloque no Coração do meu Jesus. Veja tua filha que não pode nada. Veja minhas necessidades, e principalmente, minhas aflições espirituais. Tenha piedade de mim. Faça que eu esteja um dia contigo no Céu.”

quinta-feira, 8 de maio de 2014

História e vida da Beata Nhá Chica

A Beata Francisca de Paula de Jesus, mais conhecida como Beata Nhá Chica, nasceu em Santo Antônio do Rio das Mortes, MG, Brasil, em 1808. “Nhá” é uma palavra usada naquela época e significa “senhora ou dona.” Em muitos estados, a chamaríamos de “dona Chica” porque ela não se tornou freira, nem se casou. Nhá Chica foi leiga e solteira por toda a vida. Suas belas histórias e acontecimentos são contados pelos netos e bisnetos daqueles que a conheceram pessoalmente. Desde pequena, a mãe sempre a ensinou a respeitar e amar o próximo e rezar com muita devoção diante da imagem de Nossa Senhora da Conceição. Pouco depois, mudou-se com sua mãe e o irmão para Baependi, MG. Em 1818, com apenas 10 anos de idade, sua mãe faleceu dizendo que deixava os filhos órfãos aos cuidados de Nossa Senhora. Seu irmão a chamou para morar com ele mais tarde ou que se casasse, mas Nhá Chica disse: “Não tenha medo. Tenho Nossa Senhora comigo. Ela me protegerá. Não quero me casar. Morarei sozinha. Vou trabalhar, rezar e me ocupar com o povo que passa necessidade e os pobres. Tenho uma missão para cumprir.” Nhá Chica morou apenas com o empregado Felix, que tratava sempre bem, como alguém da família. Como não se tornou freira, usava sempre vestidos largos e simples e um lenço na cabeça. Nunca quis vestidos caros nem ficou rica apesar das oportunidades. Foi pobre por toda a sua vida. Nhá Chica nada fazia sem primeiro consultar Nossa Senhora em suas orações. É um dos maiores exemplos de união e devoção a Virgem Maria. Carregava sempre o Rosário nas mãos ou enrolado no braço. Rezava o Rosário completo todos os dias e sua oração preferida era a Salva Rainha, que rezava com profundo amor e devoção. Ia em todas as Missas que podia e ficava com respeito e silêncio dentro das igrejas. Tinha sempre intimidade com chamava Nossa Senhora e a chamava humildemente de “Minha Sinhá.” Às vezes, sonhava com a Mãe do Céu ou apenas a ouvia e dizia: “Sou sua humilde filha e sua serva. O que Nossa Senhora me pede, sempre faço. Não faço nada de minha iniciativa.” Nhá Chica tinha alguns terrenos de onde tirava o próprio sustento e plantava verduras, frutas e legumes, dos quais sempre dava aos pobres que lhe pediam. Ganhava esmolas dos ricos e repassava tudo aos necessitados. Não guardava nada para si. Ela mesma cuidava do quintal, do galinheiro e da horta, lavava roupas, limpava e cozinhava. Sempre fazia biscoitos, docinhos, bolos e café para dar com muito prazer aos que a visitavam e às crianças. Era morena, cabelos lisos e muito bonita. Muitos rapazes ricos pediram sua mão em casamento, mas ela respondia: “Agradeço sua intenção, mas posso ser apenas sua amiga. Rezarei sempre por você.” Era analfabeta e nunca quis aprender a ler nem escrever, mas sempre pedia alguém para ler a Bíblia para ela, que ouvia com muita humildade e devoção, procurando sempre praticar. Nhá Chica nunca falava mal dos outros nem espalhava fofocas, mas olhava para todos com amor. Aconselhava: “Sejam bons. Façam o que Jesus pede no Evangelho.” As pessoas começaram a procurar essa jovem alegre, pura, bondosa e simples para pedir conselhos e orações. Todos eram muito bem recebidos. Ao baterem na porta, ela sempre dizia: “Entre, está aberta.” A todos que a visitavam e perguntavam algo, Nhá pedia que rezassem na sala enquanto ela ia para o seu quarto rezar diante da imagem de Nossa Senhora da Conceição para perguntar a ela. Instantes depois, Nhá Chica saía com algum conselho ou palavra amiga. Despedia dizendo: “Vá com Deus e que Nossa Senhora lhe acompanhe.” Ela dizia: “Sou apenas um instrumento. Repito o que Nossa Senhora fala e nada mais. Rezo a Nossa Senhora e ela me escuta e responde. Eu rezo com fé. Nossa Senhora sempre me ouviu.” Atendia a todos os que a procuravam do mesmo jeito, fossem ricos ou pobres, devotos ou incrédulos. Tudo o que Nhá Chica dizia realmente acontecia, fatos atestados por todos os que a conheceram. A uns disse: “Tudo dará certo.” E a outros: “Isso não se realizará. Aceitem a vontade de Deus. Ele quer o nosso bem. Ele não deixa de nos ajudar.” A outros disse: “Perdoem. Não fiquem com raiva. Façam as pazes. O perdão é a melhor vingança. Que cristãos vocês são se não perdoam? Com raiva, ódio e sem perdão, sua oração não valerá nada.” Algumas pessoas chegavam tristes e desesperadas, mas Nhá Chica nunca perdia a serenidade e dizia: “Tenham fé e calma.” Bondosamente se interessava pelas dores dos outros dizendo: “O que te aflige? Em que posso te ajudar? Fique tranqüilo.” Sua fama se espalhou cada vez mais por toda a vida. Era considerada uma santa por muitos de sua cidade, de cidades vizinhas e de longe. Tinha grande devoção à Paixão e Morte de Jesus na Cruz. Em todas as sextas feiras, não atendia a ninguém e se dedicava mais à oração e à penitência. Rezava do meio dia às 3 horas da tarde, hora da Agonia de Jesus na Cruz. Dizia: “Quero ser toda do Senhor.” Ela construiu uma capela ao lado de sua casa e rezava diante da imagem de Nossa Senhora da Conceição por todos aqueles que a ela se recomendavam. Na capela, cuidada com carinho, o povo rezava e cantava com grande devoção, sentindo fortemente a presença de Deus. Dizia: “Minha Sinhá ficará contente. Ela abençoa todos vocês.” Em qualquer problema, pequeno ou grande, dizia: “Esperem. Vou falar com Nossa Senhora. Rezem vocês também.” Depois das orações, trazia respostas que eram a solução, todas confirmadas por muitos sinais e milagres. Após passar a vida toda recebendo as pessoas, ajudando os necessitados e rezando por eles, Nhá Chica adoeceu com problemas gástricos e inflamações em 1895. Ela dizia alguns dias antes: “Terminei minha corrida. Quando o Senhor quiser, Ele pode me chamar. Estou pronta. Estou nas mãos de Nossa Senhora.” Nhá Chica morreu na sexta-feira dia 14 de junho de 1895, com 87 anos de idade, após rezar do meio dia às 3 horas da tarde em honra da Paixão de Jesus, com um belo semblante e sorriso nos lábios, cheia de paz, pelas 5 horas da tarde. Nhá Chica foi sepultada somente no dia 18, no interior da capela construída por ela e todas as pessoas presentes sentiram um forte perfume de rosas saindo de seu corpo durante os 4 dias de seu velório. Este agradável perfume de rosas foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, por todos os presentes na exumação do seu corpo, quando seu caixão foi removido. A igrejinha construída por ela foi aumentada e é hoje o Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, MG, onde estão seus restos mortais. Muitos fiéis visitam o lugar e no "Registro de graças do Santuário" podem-se ler aproximadamente 20.000 graças alcançadas por intercessão da Beata Nhá Chica. Os fiéis aguardam a futura Canonização. Muitos acontecimentos referentes a ela não foram escritos, apenas contados pelas pessoas. Mas a belíssima vida da Beata Nhá Chica produz frutos até hoje em todos os que a conhecem e veneram.

Oração à Beata Nhá Chica com aprovação eclesiástica: “Deus Nosso Pai, vós revelais as riquezas do vosso Reino aos pobres e simples. Assim, agraciastes a Bem-aventurada Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, com inúmeros dons: fé profunda, amor ao próximo e grande sabedoria. Amou a Igreja e manteve terna devoção à Imaculada Conceição. Por sua intercessão, concedei-nos a graça que precisamos (pedir a graça). Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo. Amém.”

sábado, 12 de abril de 2014

Reflexão para Sexta-feira da Paixão

No dia 25 de fevereiro de 1922, Jesus apareceu à irmã Josefa Menendez na capela do convento em Poitiers, França, carregando a pesada Cruz, coroa de espinhos e a Face ensangüentada. Ele junta as Mãos muito triste e diz: 

“Console-me, porque as almas me crucificam novamente... Meu Coração é um abismo de dor... Os pecadores me pisoteiam e me desprezam... Tudo para eles é mais digno do amor que seu Criador... Olha como estou... Quantos pecados se cometem! Quantas almas se perdem! Venho buscar alivio nas almas que vivem somente para me consolar. Muitas almas correm para sua perdição e meu Sangue é inútil para elas. Mas as almas que me amam, se imolam e se consomem como vítimas de reparação atraem a misericórdia de Deus. É isto que salva o mundo.”

domingo, 6 de abril de 2014

Uma vida mais cheia de amor

Jesus disse à irmã Josefa Menendez em 2/12/1922: 

“Escreve para as almas. Meu Coração é todo amor e o amor é para todos. Eu me me sirvo das almas consagradas para salvar os pecadores e as outras pobres almas que vivem nos perigos do mundo. Por isso, também quero que entendam o desejo que me consome de sua perfeição, e como esta perfeição consiste em fazer ações comuns e ordinárias em íntima união comigo. Se minhas almas compreenderem bem, podem divinizar suas obras e suas vidas. Quanto vale um dia a vida divina! Quando uma alma arde em desejos de amor, nada é difícil para ela. Mas quando se encontra fria e desalentada, tudo se faz árduo e penoso. Que venha recobrar forças em meu Coração, que ofereça seu abatimento, que o una ao ardor que me consome e tenha a certeza de que um dia assim empenhado, será de incomparável valor para as almas. Meu Coração conhece todas as misérias humanas e tem grande compaixão delas. Não desejo somente que as almas se unam a mim de maneira geral. Quero também que esta união seja constante, íntima, como é a união de dois que se amam e vivem juntos. Que quando não estão se falando, que se olhem e se guardem mútuas delicadezas e atenções de amor. Se a alma está em paz e consolo, é facil pensar em mim. Mas se está na desolação e angústia, que não tema. Basta-me seu olhar! Eu a entendo e somente com este olhar alcançará meu Coração o cume das mais ternas delicadezas. Eu irei dizendo às almas como as ama meu Coração. Quero que me conheçam bem e assim me façam conhecido às almas que meu amor lhes confiar. Desejo com grande ardor que todas as almas consagradas fixem bem os olhos em mim para não afastá-los mais. Que não haja mediocridade entre eles cuja origem parte de uma falsa compreensão sobre meu amor na maior parte das vezes. Amar meu Coração não é dificil nem duro. É fácil e suave. Para chegar a um alto grau de amor não devem fazer coisas extraordinárias. Pureza de intenção na ação mais pequena como na grande, união íntima com meu Coração, e o amor fará o resto. Volte ao seu trabalho e não tema. Eu sou o jardineiro que cultivará sua florzinha para que não pereça. Ama-me em paz e alegria. Recorde o que eu disse aos meus discípulos: ‘porque não são do mundo, o mundo os aborrece.’ E agora digo a vocês: ‘porque não são do diabo, o diabo lhes persegue. Mas meu Coração as guarda e estes sofrimentos me glorificam.’” Jesus deixa sua Cruz e diz: “Ame e sofra. É por uma alma.”

segunda-feira, 17 de março de 2014

Leve ao Coração de Maria

Em junho de 1947, Nossa Senhora disse à Beata Alexandrina de Balasar:

"Minha filha, à semelhança do meu Divino Filho, entrego-te o meu Santíssimo Coração com a chave. Abra e feche dentro dele as almas, para que elas passem do meu Coração ao Coração de Jesus. Eu estou triste com os crimes da Humanidade. Há tanta imodéstia! O pecado da carne leva tantas almas às portas do inferno! Há tantas infidelidades nos casados! Que desonestidade! E contra mim são proferidas tantas blasfémias! Negam a minha Virgindade, negam a minha dignidade de Mãe de Deus. Promete consolar-Me! Pega o meu Manto, cobre com ele o mundo. Salva-o que é do meu Filho."

Fonte: www.alex-balasar.blogspot.com

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Aparições e videntes da Sagrada Face

Jesus falou sobre sua Sagrada Face em aparições a estas religiosas: 

Santa Gertrudes (1256-1302): 
Santa Mectilde (1256-1302): 
Irmã Maria de São Pedro (1816-1848): 
Beata Madre Maria Pia Mastena (1881–1951): 
Serva de Deus Maria Concetta Pantusa (1894-1953): 
Maria Pierina de Micheli (1890-1945)

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Santidade para crianças

Testemunho:

"Quem ensina santidade para nossas crianças? Só os catequistas? Uma colega de trabalho me perguntou se uma outra era muito brava. Tive que avisar que sim. Nas horas ruins, a jovem se torna muito agressiva e injusta, tratando muito mal a quem lhe incomoda. Outra colega fica extremamente rancorosa, cheia de ódio e raiva de quem a desagrada, mesmo se pedirem desculpas, como se não fosse ser julgada um dia por Deus por tudo aquilo que fez. Ela reza o Pai nosso, mas não pratica totalmente. Nas horas ruins, faz questão de pecar, tendo consciência disso. Com quanta frieza desobedecem a Palavra de Deus! E pensei: assim crescem muitas crianças. Os pais não ensinam santidade para elas. Santidade? Acharão coisa de outro mundo, sendo que a santidade é o melhor a fazermos, é a solução para o mundo de hoje. Muitas crianças crescem sem se preocupar com o pecado, que é o pior para todos. Vemos muitas já cometendo o grave pecado do bullying, ferindo cruelmente a outra sem necessidade, traumatizando-a para sempre. Tudo isso porque não ensinaram coisas belíssimas para elas. Deixo o retrato de Santa Terezinha do Menino Jesus, cujos pais, hoje os Beatos Luís Martin (1823-1894) e Zélia Guérin (1831-1877), ensinaram a santidade desde pequena, a ela e a suas irmãs que também se tornaram religiosas."